Escopo: Jovens e adolescentes, internados em orfanatos ou cumpridores de medidas legais por prática de atos infracionais
Empreendedores: Empresas mitigantes, RES.
Prerrogativas para uso: Adequação ao escopo demandante.
O projeto propõe a construção de uma estrutura de alvenaria composta de cinco cômodos mais três banheiros e uma copa, capaz de comportar um fluxo de 100 crianças e adolescentes, com variações de períodos.
A uso otimizado do espaço durante sua construção será possibilitará a implementação de12 variáveis de cursos instrumentais: Terapia Florais de Bach, básico construção civil (pedreiro), curso básico de bombeiro residencial, básico em eletricidade residencial, básico em pintura residencial, básico de revestimento, consertos em costura, aquecimento hídrico residencial com pet, curso de bricolagem, cooperativismo, IE, e mecânicos de bicicleta. Disponibilizados a 640 assistidos distribuídos em 45 turmas, variante entre 10 e 20 integrantes cada. Os primeiros cursos utilizarão o espaço interno, e após a montagem da cooperativa o sistema de parceria possibilitará a formação externa com acompanhamento de um profissional vinculado ao CPJ.
Depois de construída a estrutura irá abrigar uma cooperativa, o cicle e os cursos de bicicletaria, e o restante das salas serão utilizadas para a implementação de cursos destinados a capacitação com baixa formação educacional inicial e rápida absorção mercadológica. A cooperativa será responsável pela geração dos recursos necessários a continuidade do trabalho de capacitação profissional através de convênios com empresas da construção civil.
O projeto atenderá jovens de Campos dos Goytacazes e de municípios circunvizinhos, que estejam em conflito com a lei e em situação de risco social, sendo hoje a instituição, uma das poucas na região que atende a esta necessidade.
Entendemos que cursos de instrumentalização como estes, além de atender demanda crescente desta mão-de-obra, principalmente na construção civil, oriunda do crescimento empresarial e populacional na região, devido a construção do megaporto da EBX, permitem ao jovem uma inserção rápida no mercado, diminuindo o enfrentamento com a realidade social juvenil do convívio com as distorções, gerada tanto pela ociosidade, como pela ausência de aporte financeiro.
A instrumentalização, permite ao jovem adquirir recursos financeiros capazes de lhe possibilitar melhoria pessoal, familiar e social, estruturando-o para reposicionar-se profissionalmente, e dar continuidade ao estudo impulsionado pelas próprias exigências do mercado. A medida que diminui a demanda de mão-de-obra, crescem as exigências para colocação nas vagas, obrigando o profissional a se empenhar na qualificação continuada. Ao contrário do conceito adotado até o momento, o projeto estudou as características pessoais dos envolvidos e entendeu que o caminho inverso seria mais adequado, pois a tentativa se deve a grande incidência de insucesso na prática tradicional.
A escolha dos cursos levou em conta o baixo índice de escolaridade, comum na realidade cotidiana dos assistidos; a ausência de recursos estruturais em seus ambientes de origem, para o desenvolvimento e prática de cursos como informática, inglês, e outros; a crescente demanda do mercado; a possibilidade de inserção profissional rápida e bem remunerada, a otimização dos recursos a serem aplicados, mesmo que a implementação dos cursos ocasione, dilatamento no prazo previsto para entrega da construção e aumento no custo do projeto devido as perdas geradas pelo processo de aprendizagem devido a inexperiência dos alunos.
A otimização do recuso aplicados na construção, foi desenvolvida visando seu máximo uso. A escassez desta se deve a necessidade prática, pois a maioria destes profissionais aprende na “lida”, ou seja, desenvolvendo trabalhos juntamente com pedreiros. Desta forma utilizamos a construção do prédio como ambiente instrumental para elaboração e aplicação do curso.
A implementação da cooperativa administrada pela Casa do Pequeno Jornaleiro em conjunto com os associados, fornecerá contínua demanda de trabalho. O objetivo da gestão conjunta se deve a necessidade de criar critérios de seleção adequados ao profissional para os trabalhos a ser realizado e a disseminação de conceitos éticos e morais a serem aplicados no desempenho de suas funções e no convívio familiar e profissional Desta forma a cooperativa mantém um pedreiro permanente que deve acompanhar profissionalmente os jovens nas incursões profissionais iniciais, e dar continuidade a formação continuada do jovem até que ele se sinta seguro e adquira conhecimento necessário a sua independência profissional, bem como um instrutor de comportamento etiqueta profissional. Nesta fase os jovens, já detentores de recursos serão orientados a se constituírem IEs (Empreendedores Individuais) e trilharem sua carreira independente. O prazo de extensão prática será de 24 meses, contados da data de formação dos jovens.
O curso instrumental em mecânica de bicicletas, seguiu os mesmos critérios de escolha utilizados para os outros cursos, acrescido do cunho ambiental. Neste caso os jovens cumprirão um prazo prático inferior, pois o curso não irá possibilitar a formação de uma cooperativa e sim o fomento a formalização como IE. Isso se deve ao fato que de estes profissionais se distribuem de forma pulverizada no mercado, podendo atender em sua própria residência. O aprimoramento é automático com a prática e as exigências de mercado são menores, devido a um menor risco de perdas de material e maior praticidade no concerto de erros ocasionados por falhas de trabalho durante o processo de aprendizagem. No caso de cursos como pedreiro, bombeiro, eletricista, etc., existe a necessidade de um aporte institucional para facilitar a inserção do profissional no mercado e o fornecimento de suporte técnico na execução dos trabalhos.
O projeto embora amplo é de simples entendimento, utiliza-se de estrutura sistêmica otimizada, criando sustentabilidade operacional.
Durante o período do curso, o projeto de Florais será estendido aos jovens que cumprem medidas sócio educativas, possibilitando o reequilíbrio comportamental do indivíduo e sua adaptação a uma nova visão da realidade social.
A Terapia Florais de Bach é uma terapia alternativa reconhecida pela OMS e pelo Ministério da Saúde desde a década de 80. Foi desenvolvida na Inglaterra por Eduard Bach, medico sanitarista inglês que se preocupava profundamente com as epidemias comportamentais. A profissão de terapeuta é reconhecida pelo governo do Rio de janeiro desde 2007. A tese que Dr. Bach defendia, creditava ao ser humano um traço específico de energia, que quando alterado originava distúrbio no comportamento, recuperado o equilíbrio energético, sessavam os distúrbios. Para Bach, distúrbios comportamentais eram todas as alterações que causavam sofrimento ao indivíduo e das quais não conseguia se libertar. Referencia como tais: Traumas, medos, insegurança, tiques nervosos, dependência química, pensamentos repetitivos, mágoas, descontrole, maldade, raiva, ódio, submissão, depressão, ansiedade, baixa autoestima, etc. e todos os comportamentos que tornam o ser social improdutivo e excluso.
Este trabalho já é desenvolvido na instituição e foi adotado anteriormente como piloto em duas instituições estaduais de ensino fundamental em comunidades da região. O resultado tanto na casa como nos outros projetos tem sido muito promissora, pois as mudanças comportamentais têm sido detectáveis facilmente. A inserção do método para a correção dos distúrbios apresentados pelos jovens dá aos mesmos a condição de libertá-los do pragmatismo das comunidades permitindo que eles se sintam capazes de desfrutar de uma realidade melhor do que a que eles vivem.
O projeto propõe participação e a seleção de profissionais de psicologia, agentes socioeducativos, mães sociais, psicopedagogos, e familiares, nos bairros e instituições sociais vinculadas, que apresentem as condições para participar do curso de formação de terapeutas florais, para melhoria das condições dos profissionais envolvidos e a disseminação e popularização da terapia dentro das comunidades e nas áreas de apoio.
Agrega ainda a construção de um estacionamento na parte externa da organização, na área de acesso, dentro de sua área útil, que será utilizado para captação de recursos com a locação de vagas para veículos.
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